As novas bombas B61-12, mais precisas e controláveis, entram em operação nas bases europeias, marcando um avanço na estratégia de defesa dos EUA.
Os Estados Unidos deram início à implantação de bombas nucleares B61 modificadas, na versão B61-12, em países europeus. O Pentágono recebeu o último lote dessas bombas em dezembro de 2024, conforme anunciou Jill Grubi, chefe da Agência Nacional de Segurança Nuclear (NNSA).
Segundo Grubi, "os novos modelos B61-12 estão sendo implantados em grande escala nas linhas de frente". Embora o número exato de bombas produzidas ainda não tenha sido divulgado, a atualização das B61 visa aumentar a precisão e o controle sobre os lançamentos. Essas bombas possuem uma potência ajustável, variando entre 0,3 e 50 quilotons, o que representa uma diminuição em relação às versões anteriores. No entanto, a introdução de uma nova cauda oferece maior manobrabilidade e precisão, permitindo que a bomba seja lançada diretamente de uma aeronave, percorrendo longas distâncias até atingir o alvo, sem a necessidade de um pára-quedas. Além disso, a trajetória de voo pode ser ajustada após o lançamento.
Até 2023, aproximadamente 100 unidades das versões antigas B61-3/-4 estavam armazenadas na Europa. Atualmente, 15 bombas estão posicionadas nas bases aéreas de Büchel (Alemanha), Kleine-Brogel (Bélgica), Wolkel (Holanda) e Gedi (Itália), enquanto as bases de Aviano (Itália) e Incirlik (Turquia) possuem 20 bombas em cada uma. Essas armas podem ser lançadas por aeronaves como F-35A, F-15E, F-16 e Tornado.