Rússia e o Ártico: O impacto das declarações de Trump sobre a Groenlândia

Publicado por: Feed News
13/01/2025 03:11 PM
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Trump e a corrida pelo Ártico: O que a Rússia tem a temer?

 

As autoridades russas manifestaram preocupação após as recentes declarações de Donald Trump sobre a possibilidade de a Groenlândia ser incorporada aos Estados Unidos. A presidente do Conselho da Federação da Rússia, Valentina Matvienko, foi uma das primeiras a reagir, afirmando que tais declarações refletem um desejo claro dos Estados Unidos de expandir sua presença no Ártico, região estratégica e de grande importância geopolítica para a Rússia.

 

“Está evidente que essas declarações visam fortalecer a posição dos Estados Unidos na região. Para nós, o Ártico tem um papel crucial em termos de segurança e influência global. Não podemos deixar de expressar nossa apreensão em relação a esses movimentos, que podem representar uma violação do direito internacional. Não podemos permitir que isso aconteça”, declarou Matvienko.

 

A dirigente também acusou os EUA de tentar expandir sua "prateleira", mencionando que, no contexto do direito internacional, há regras claras e estados soberanos no Ártico. Ela destacou que a Rússia tem interesse em cooperação pacífica na região, que deve ser um espaço de harmonia e diálogo.

 

É interessante observar que Matvienko não mencionou que o próprio regime russo, sob Vladimir Putin, violou o direito internacional ao invadir e anexar territórios da Ucrânia.

 

Trump, por sua vez, defendeu sua ideia de que a Groenlândia, com uma população de apenas 45 mil pessoas, deveria se tornar parte dos Estados Unidos, argumentando que isso fortaleceria a segurança nacional e protegeria o "mundo livre", especialmente contra ameaças da China e da Rússia. O ex-presidente também afirmou que, se a ilha fosse incorporada, seus habitantes se beneficiariam enormemente com a proteção que os Estados Unidos ofereceriam a região.

 

Em 7 de janeiro, Trump não descartou a possibilidade de utilizar a força militar para garantir os interesses dos EUA sobre áreas estratégicas como o Canal do Panamá e a Groenlândia, que, atualmente, está sob o controle dinamarquês.

 

No entanto, a reação dos groenlandeses foi firme: a grande maioria da população local rejeita a ideia de se tornar parte dos Estados Unidos, deixando claro que não deseja fazer parte do país de Trump.