"Com Novos Membros, BRICS Possa Assumir Papel Militar Global"

Publicado por: Feed News
12/09/2024 12:53 PM
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O BRICS é uma organização criada em 2006 pelos quatro maiores países em área e população: Brasil, Federação Russa, Índia e China. Imagem EBC
O BRICS é uma organização criada em 2006 pelos quatro maiores países em área e população: Brasil, Federação Russa, Índia e China. Imagem EBC

"Com a entrada de Irã e Arábia Saudita, o BRICS amplia seu controle sobre recursos estratégicos e influência militar."

A crescente expansão e influência do BRICS, bloco composto por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, está gerando preocupações no Ocidente, especialmente entre os membros da OTAN. O que antes era uma aliança focada em cooperação econômica agora pode estar se transformando em uma força militar emergente. Com a possível adesão de países como Irã, Egito, Arábia Saudita e até mesmo a Turquia, o BRICS começa a ser visto como um potencial polo de poder militar e estratégico, rivalizando com as potências ocidentais. Noticia o The Times.

 

Especialistas da OTAN estão atentos à falta de uma doutrina militar comum e um comando centralizado dentro do bloco, mas alertam que a cooperação entre Rússia, China e outros membros pode evoluir para algo mais coordenado. A Rússia, em particular, tem usado sua participação nos BRICS para aprender com os erros de sua guerra contra a Ucrânia, o que pode ajudar na preparação para futuros conflitos, como uma potencial escalada envolvendo Taiwan.

 

Controle de Recursos Estratégicos: Um Cartel de Metais em Formação

Outro ponto de alerta é a formação de um possível "cartel estratégico" dentro dos BRICS para controlar recursos críticos, como cobalto, cobre e lítio – matérias-primas essenciais para a indústria militar e energética. Países como Arábia Saudita e possivelmente a República Democrática do Congo e o Chile poderiam ampliar o controle do bloco sobre esses materiais, ameaçando a cadeia de suprimentos global e colocando o Ocidente em uma posição de vulnerabilidade.

 

Exercícios Militares e Cooperação Tecnológica

Além da cooperação econômica, a China já está ampliando suas atividades militares, participando de exercícios conjuntos com o Egito no Mar Vermelho. Isso demonstra que Pequim está determinada a fortalecer sua posição em regiões estratégicas, incluindo o controle de rotas marítimas vitais para o comércio global. Esses movimentos são indicativos de uma militarização progressiva dos BRICS, com potencial de alterar o equilíbrio de poder global.

 

Aumento da Cooperação Militar: Irã e Rússia

O Irã, que já fornece mísseis de curto alcance para a Rússia, é outro exemplo da crescente militarização da cooperação dentro dos BRICS. Em troca, a Rússia ajuda o Irã a contornar sanções internacionais, fornecendo produtos alimentares, demonstrando que as trocas econômicas no bloco estão cada vez mais ligadas a interesses militares.

 

Expansão do Bloco: Turquia e Azerbaijão de Olho no BRICS

A Turquia, membro da OTAN, também está buscando a adesão ao BRICS, o que gera ainda mais preocupações no Ocidente. A busca da Turquia por expandir sua influência global através do bloco pode criar uma tensão dentro da própria OTAN, já que o país tradicionalmente faz parte das alianças ocidentais. Além disso, o Azerbaijão e a Tailândia também demonstraram interesse em ingressar no bloco, aumentando a relevância geopolítica do BRICS.

 

O Desafio para o Ocidente e a OTAN

A militarização gradual dos BRICS levanta sérios desafios para a OTAN e seus aliados. Se o bloco conseguir transformar sua cooperação econômica em uma força militar unificada, o equilíbrio de poder global pode sofrer uma mudança significativa. O fortalecimento das relações entre Rússia, China e outros membros através de trocas tecnológicas e de recursos estratégicos representa uma ameaça direta às potências ocidentais, especialmente no que diz respeito ao controle de metais essenciais e rotas comerciais.

 

A OTAN precisará responder a essa crescente aliança com cautela e estratégia, pois a expansão dos BRICS pode levar a uma nova fase de tensões globais, com implicações profundas para a segurança internacional.

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